quinta-feira, 22 de maio de 2014

AGONIADA (Lancifolia Pluméria)


AGONIADA (Lancifolia Pluméria).
FAMÍLIA - Apocináceas.
OUTROS NOMES - Agonium.

DESCRIÇÃO
              Árvore grande que medra do sul do Brasil.
              Madeira rija.
              Casca muito amarga.
              Folhas oval-alongadas, lanceoladas, peninervadas.
              Flores de corola de cinco pétalas, de forma semelhante à das folhas.

USO MEDICINAL
              Indicado para - Afecções histéricas; Asma; Atonias-gastrintestinais; Catarro-crônico; Clorose; Febres-intermitentes; Menstruações-difíceis.

PARTE USADA
              Folhas.

PREPARO
              Por infusão.

DOSE
              Normal.

IDENTIFICAÇÃO: 3 Fotos.




AÇOITA-CAVALO (Luehea grandiflora)


AÇOITA-CAVALO-GRANDE (Luehea grandiflora) ou 
AÇOITA-CAVALO-MIÚDO (Luehea divaricata).

FAMÍLIA - Tiliaceae.
OUTROS NOMES - Caa-abeti; Ivantiji; Ivitinga; Mutamba-preta; Papeá-Guaçu.

DESCRIÇÃO
              Árvore muito Alta.
              Folhas grandes, obovais, claras.
              Flores grandes, brancas ou rajadas, dispostas em panículas terminais.
              Fruto redondo, oblongo, capsular, pentalocular.
              Sementes aladas.
              Os camponeses usam os galhos, que são muito flexíveis para fazer chicotes e armações de Cangalha, canzil e chavetas.
              A madeira, de cor branco-amarelada, é usada na fabricação de coronhas de espingardas.
              Usa-se também na fabricação de tamancos.
              As vergônteas são flexíveis e usadas para fazer vassouras.
              A Casca é usada nos curtumes.
              Há uma variedade de açoita-cavalos, servindo todas para os mesmos fins industriais e medicinais.

USO MEDICINAL
              Indicado para - Afecções da Bexiga; Artrite; Bronquite; Diarreias; Dores de dente; Dores de garganta; Hemorragia (Banho ou clisteres); Insônia; Laringites; Leucorreia; Má digestão; Melena; Reumatismo; Tosse; Tumores; Vermes.

PARTE USADA
              Casca, por decocção.

DOSE
              Normal.

IDENTIFICAÇÃO: 10 Fotos.

AÇOITA-CAVALO-GRANDE (Luehea grandiflora)
AÇOITA-CAVALO-MIÚDO (Luehea divaricata) - Folhas
AÇOITA-CAVALO-GRANDE (Luehea grandiflora) - Folhas
AÇOITA-CAVALO-MIÚDO (Luehea divaricata) - Folhas
AÇOITA-CAVALO-GRANDE (Luehea grandiflora) - Florescência
AÇOITA-CAVALO-GRANDE (Luehea grandiflora) - Botões
AÇOITA-CAVALO-GRANDE (Luehea grandiflora) - Flores
AÇOITA-CAVALO-GRANDE (Luehea grandiflora) - Frutos
AÇOITA-CAVALO-MIÚDO (Luehea divaricata) - Flores
AÇOITA-CAVALO-MIÚDO (Luehea divaricata) - Frutos

quarta-feira, 21 de maio de 2014

ACARIÇOBA (Hydrocotyle umbellata)


ACARIÇOBA (Hydrocotyle umbellata).

FAMÍLIA - Umbelíferas.
OUTROS NOMES - Acaricaba; Acarisoba; Barbarosa; Erva-do-capitão

DESCRIÇÃO
              É uma planta rasteira, com grandes folhas longipecioladas, crespas, peltadas e inflorescência ramosa.
              Flores esbranquiçadas.
              Frutos pequeninos, com duas sementes dentro, em forma de cápsula chata.
              Vegeta nas proximidades das águas.

USO MEDICINAL
              É APERIENTE, DESOBSTRUENTES DIURÉTICA, EMÉTICA (em dose elevada), TÔNICA.
              Indicado para (O Decocto da raiz):
Afecções do baço; Fígado; Intestino; Diarreia; Hidropsia; Reumatismo; Sífilis.
              Exteriormente se usa o decocto da planta toda para combater:
Sardas; Outras manchas da pele.

PARTE USADA
              Toda a planta.

PREPARO
              Decocto.

DOSE
              Normal.

OBSERVAÇÃO
              Planta tóxica.
              Não se faça uso das folhas para uso interno.
              Afirmam que são venenosas.

IDENTIFICAÇÃO: 10 Fotos.











terça-feira, 20 de maio de 2014

ANGICO-CAMBUÍ (Anadenanthera colubrina)


ANGICO-CAMBUÍ (Anadenanthera colubrina).
OUTROS NOMES - Angico; Angico-branco-liso; Angico-Cambuí; Angico-coco; Angico-escuro; Angico-liso; Angico-vermelho; Aperta-ruão; Cambuí-angico, Cauvi, Curupaí, Jurema-preta, Monjoleiro.

DESCRIÇÃO
              O Angico-Cambuí cresce normalmente a uma altura de cerca de 10 a 20 metros, mas ocasionalmente, pode ver-se até 30 metros de altura. Ele pode ser encontrado crescendo a uma altitude de 100 a 1200 metros em áreas com 1200 a 2000 mm/ano de precipitação anual.
A árvore é fornecedora de boa madeira para a construção civil e para lenha e carvão além de sua casca é também empregada na medicina popular em muitas regiões do Brasil.
              A sua folhagem é miúda, em palminhas, de ramagem bem disposta, com muitas flores brancas, pequenas.
              Dá pequenas vagens chatas, pardas, de sementes pequeninas.
              Floresce em maio.
Os frutos são legumes (vagens) achatados, rígidos, glabros, brilhantes, deiscentes, de cor marrom, de 10 a 20 centímetros de comprimento, contendo de 5 a 10 sementes lisas e escuras. 
Multiplica-se apenas por sementes. 
              Perde as folhas entre o outono e o inverno, ficando seus ramos em completa nudez.
              A casca da árvore tem uma espessura de cerca de 4 a 10 mm.
              A superfície exterior é quase lisa, é cinza, salpicado de preto e lembra a pele de uma cobra, após o que foi uma vez dada a designação científica.

USO MEDICINAL
              É Peitoral, Emoliente, Adstringente, Depurativo, Hemostática.

              Muito usado para as vias respiratórias, como também:
Afecções pulmonares, AlucinógenasAsmas, Bronquites, Debilidade, Diarreia, Disenterias, Escrófulas, Faringites, GonorreiaHemorragias, HipnóticaInapetência, LeucorreiaTosses.
              Ajuda a expectoração do catarro.

QUÍMICOS
              Análises fitoquímicas de sua casca isolaram o alcaloide indólico óxido de NN-dimetitriptaminaesteroides (palmitado de B-sitosterol, B-sitosterol, glicosídio), flavonoides, triterpenóides (luperona, lupeol). componentes fenólicos (dalbergina, 3, 4, 5-dimethoxidalbegiona, khulmannina).

              Nas sementes foram encontradas, 2,1% bufotenina. Algumas tribos do México e do Sul da América (Yanonamis) utilizam a semente da Anadenathera culubina para criar um alucinógeno chamado Yopo, que pode ser inalado e assim utilizado em rituais religiosos.

PARTE USADA
Casca e rezina (Goma).

DOSE
50 gramas de casca ou 25 gramas de resina para 1 litro de água.

PREPARO
Cozinha-se e côa e acrescenta-se um pouco de mel.

DOSE
Toma-se, desse xarope, umas seis colheres das de sopa por dia.

OBSERVAÇÕES
O Angico-vermelho tem as mesmas virtudes medicinais que o branco, podendo ser usado para os mesmos fins e na mesma dose.

IDENTIFICAÇÃO

Árvore
Florescência
Galho, folhas e flores
Vagem
Tronco
Vagens verdes
Caule, casca
Muda, jovem
Sementes, bagas
Madeira beneficiada, textura
Bonsai da planta

ABUTUÁ-MIÚDA (Cocculos filipendula)


ABUTUÁ-MIÚDA (Cocculos filipendula)
OUTROS NOMES - Butua-miúda.

DESCRIÇÃO
Planta agreste.
Folhas coriáceas, em forma de palma, alternas.
Flores grandes, em cachos, amarelas.
Fruto capsular.
Não se deve confundir a Butua com a Butua-miúda. A Butua, conhecida por parreira-brava (Cissampelos pareira), tem raiz delgada, lisa e branda. A Butua-miúda tem raiz grossa na base e dura. É desta que aqui estamos falando.

USO MEDICINAL
É FEBRÍFUGO.
Usa-se para

Amenorreia,
Clorose,
Cólicas menstruais,
Febres,
Metrite.

Parte Usada
Casca e raiz, por Decocção.

Dose
10 a 15 gramas para um litro de água.
4 a 5 xícaras por dia.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

ABUTUÁ (Cissampelos Pareira)

ABUTUÁ (Cissampelos Pareira)

ABUTUÁ (Cissampelos Pareira)
OUTROS NOMES: Abuta; Butua; Parreira-brava; Parreira-do-mato, Uva-do-rio-Apa.

DESCRIÇÃO
É uma bela trepadeira.
Dá muitos cachos semelhantes aos da videira, com bagas pretas, de gosto adocicadas, e que parecem com a uva.
Frutas não são comestíveis.

USO MEDICINAL
É diurética e Febrífugo.
Usada nos seguintes casos:
Cálculos renais - Tendo grande ação sobre os órgãos do aparelho urinário, usa-se com bom resultado contra cálculos renais.

Cólicas uterinas - Indicada também contra as cólicas que podem aparecer durante o sobre-parto, e, bem assim, contra a menstruação difícil e a supressão dos lóquios.

Dispepsia - É eficaz contra as más digestões, acompanhadas de prisão de ventre, dor de cabeça, tontura, etc.

Fígado - Provoca a desopilação (desobstrução) nas afecções hepáticas.

Hidropsia - Também se usa no tratamento dessa enfermidade.

Reumatismo - Na medicina doméstica é muito conhecida a raiz da Abutua, que se tornou famosa ultimamente por seus efeitos curativos em casos de reumatismo. É, efetivamente, um excelente remédio para os que sofrem desta enfermidade.

PARTE USADA
Raiz e casca do tronco, por decocção.

DOSE
10 a 15 gramas para 1 litro de água.
4 a 5 xícaras por dia.

terça-feira, 13 de maio de 2014

LIMÃO (Citrus limon)

Limão (Citrus limon)
LIMÃO (Citrus limon)
OUTROS NOMES: Limão-siliciano; Limão-verdadeiro.

DESCRIÇÃO
             O Limão (conhecido no Brasil e na Africa como limão-siliciano ou Limão-verdadeiro, da espécie Citrus x Limon) é o fruto de uma pequena árvore de folha perene originária da região sudeste da Ásia, da Família das Rutáceas. 


Pé-de-Limão

             Os limoeiros são árvores pequenas (não atingem mais de 6 metros de altura), 14 espinescentes, muito ramificadas, de caule e ramos castanho-claros; as folhas são alternas, oblongo-elípticas, com pontuações translúcidas; as inflorescências são de flores axilares, alvas ou violeta, em cacho. Reproduz-se por estacas de galhos, em solo arenoso e bem adubado, de preferência em regiões de clima quente ou temperado.



             Propaga-se também por sementes, que requerem solo leve, fértil e bem arejado, em local ensolarado e protegido dos ventos. Frutifica durante todo o ano, em inúmeras variedades, que, embora mudem no tamanho e na textura da casca, que pode ser lisa ou enrugada, quanto à cor, variam do verde-escuro ao amarelo-claro, exceto uma das espécies, que se assemelha a uma tangerina.


             Ao contrário de outras variedades cítricas, o limoeiro produz frutos de forma contínua.

             Farmacologicamente, o Limão é principalmente importante pelo seu valor nutricional de vitamina C e potássio.

             No Brasil, os chamados Limão-galego e o Limão-taiti, na verdade, não são Limões, mas sim Limas ácidas. O chamado Limão-verdadeiro, também conhecido como Siciliano, eureca ou lisboa, é a espécie mais consumida na Europa e nos Estados Unidos, possuindo o nome científico Citrus x limon; esse limão possui uma casca amarela.

             As principais diferenças entre Limões e Limas-ácidas são o tamanho e o gosto ligeiramente diferente, pois limões têm sabor um pouco mais suave. Apesar disso, todas essas espécies têm origens parecidas. Outra coisa que diferencia os Limões de Limas-ácidas é o rendimento para fazer sucos, sendo que as Limas são melhores para esse uso.

             O chamado Limão-cravo é uma mistura de Limão e Tangerina. Possui uma coloração interna alaranjada e é muito usado para temperos.

INDICAÇÕES: 
Indicado para - Acidez da boca; Acidez do Estômago; Ácido úrico no coração; Acne; Adenite; Adiposidade; Afonia; Afta; Albuminúria; Alcoolismo; Amenorreia; Amidalite; Analgesia; Ancilose; Anemia; Angina do peito; Antraz; Apendicite; Arteriosclerose; Artritismo; Asfixia por ácido carbônico; Asma; Assistolia; Astenia; Astigmatismo; Ataxia; Atonia gástrica; Atonia hepática; Avitaminose; Beribéri; Blenorragia; Bócio; Broncopneumonia; Cãibra; Cálculos; Catarros; Ciática; Cirrose; Congestões da garganta; Congestões do cérebro; Congestões do peito; Congestões do ventre; Conjuntivite; Coriza; Coxalgia; Dermites diversas; Diabete sacarina; Diabete; Difteria (Crupe); Dilatação do estomago; Dismenorreia; Dispepsia; Distrofia; Dor de cabeça; Dores de rins; Edemas; Endocardite; Enterocolite; Enterite; Enterorragia; Envenenamentos; Enxaqueca; Epilepsia nervosa; Envenenamentos; Enxaqueca; Epilepsia nervosa; Escarlatina; Escorbuto; Escrofulose; Espermatorreia; Esterilidade; Estomatite; Faringite; Febre de Barcelona; Febre de Malta; Febre puerperal; Febres; Feridas e rasgaduras; Fibroma uterino; Fístulas; Flebite; Fleborragia; Flores brancas; Frieiras; Furunculoses; Glicosúria; Gota; Hemiplegia; Hemofilia; Hemoptises; Hemorragias; Hemorroidas; Hepatite; Herpes secos; Herpes úmidos; Hidrocele; Hidropisia; Hipercloridria; Icterícia; Impetigem; Impotência; Inapetência; Insônia; Insuficiência cardíaca; Intermitentes (febres); Intoxicações; Lepra; Linfangites; Linfatismo; Litíase; Lombrigas; Lupo; Mal de Pott; Mau hálito; Metrite; Mordidas; Mucosidades; Nefrites; Nevralgia; Obesidade; Oftalmia purulenta; Orquite; Ovariocele; Paludismo; Panarício; Paralisia; Picadas venenosas; Piorreia; Pletora; Pleuras frias; Pólipo; Poliúria; Prostatite; Psoríase; Pústulas; Raquitismo infantil; Reumatismo; Sangue impuro; Sarampo; Sarna; Sarro; Septicemia; Sífilis; Sinusite; Tifo; Tofo; Torcicolo; Tosse de Cachorro; Tosse; Toxemia; Transtornos nervosos; Traumatismo; Tuberculose; Tumores; Úlceras gástricas; Uremia; Uretrite; Urticária; Varicocele; Varíola (bexigas); Vômitos; Zumbidos.





EU USO:
  • Água com limão (sem açúcar) para curar dores de cabeça, infecções nas vias urinária, e muitos outros males.
  • Água com limão, e uma colher das de sopa, de fécula de mandioca, (sem açúcar) para cortar diarreias e disenterias.
PARTES USADAS
Folhas e Frutos
             Os que têm cor amarela ou amarelo-esverdeada, são cultivados sobretudo pelo sumo, embora a polpa e a casca também se utilizem em culinária. Os Limões contêm uma grande quantidade de ácido cítrico, o que lhes confere um gosto ácido. No suco de Limão, essa acidez chega a um pH de 2 a 3, em média.

PROPRIEDADES
             As suas aplicações na vida doméstica são inúmeras. Com o suco da fruta, preparam-se refrigerantes, sorvetes, molhos e aperitivos, bem como remédios, xaropes e produtos de limpeza. Da casca, retira-se uma essência aromática usada em perfumaria e no preparo de licores e sabões.

             Estudos epidemiológicos associam a ingestão de frutas cítricas, com uma redução no risco de várias doenças. O limão também mostra alguma atividade antimicrobiana.

             Em fitoterapia, é utilizado para diversas patologias, tais como reumático, infecções e febres, aterosclerose, combate ateromas (remove placas gordurosas das artérias), constipações, gripes, dores de garganta, acidez gástrica e úrica (alcaliniza o sangue), frieiras, caspas, cicatrizações, ajuda a manutenção de colágeno, hemoglobina, atua como anti-séptico entre outras. O limão possui uma substância própria denominada limoneno capaz de combater os radicais livres. É, fundamentalmente, um remédio tônico que ajuda a manter a boa saúde.

VARIEDADE DE LIMÕES
Limão-cravo (Citrus limonia)

             Famoso por ter a parte interna do fruto na cor laranja, é uma mistura de Limão e Tangerina. A maioria das plantações dessa variedade é infestada por uma doença chamada verrugose, que, apesar de ser inofensiva para os seres humanos, deixa a casca com aparência desagradável. A combinação perfeita de acidez e açúcar faz desse limão o melhor para temperos.



Limão-galego (Citrus aurantiifolia)

             Também é uma lima ácida, menor que o tahiti e de casca amarelada quando madura. Pequeno e saboroso, o galego está sumindo das prateleiras dos supermercados por causa de uma virose que infesta as plantações desde a década de 70. Mas, por ser considerado o melhor fruto para fazer caipirinha, a variedade ainda freqüenta a mesa e o copo dos brasileiros

Limão-tahiti (Citrus latifolia)



             A variedade mais popular do país é, na verdade, uma lima ácida. O Brasil é o segundo maior produtor desse fruto verde e sem semente, que aparece em 90% das plantações do país. É excelente para fazer suco — o rendimento do sumo é de 50%, contra 42% do limão verdadeiro — e bastante usado em receitas de sorvetes, doces e tortas



Limão-verdadeiro (Citrus limon)


             Conhecido também como siciliano, eureka ou lisboa, é o limão propriamente dito, a variedade mais consumida na Europa e nos Estados Unidos. A fruta de casca amarela dá um suco menos ácido que a limonada feita com limão tahiti. O aroma suave é ideal para a extração de essências que servem de base para perfumes e cosméticos.

             O Limão apresenta diversas variedades cultivadas, sendo uma dezena delas frequentes, como, por exemplo, o limão-eureca, o limão-lisboa, o limão-fino, o limão-verno, o limão-villa-franca, o limão-lunário etc.

             Este artigo não trata de três outras espécies de frutas cítricas, chamadas de limas em Portugal e de "limões" no Brasil, e mais conhecidas no Brasil do que o limão-siciliano: Citrus × latifolia ou limão-taiti; Citrus aurantiifolia ou limão-galego; Citrus x limonia ou limão-cravo.

HISTÓRIA DO LIMÃO
Limão-verdadeiro (Citrus limon)


             O Limão-siciliano foi trazido da Pérsia pelos conquistadores árabes, disseminando-se na Europa. Há relatos de limoeiros cultivados em Gênova em meados do século XV, bem como referências à sua existência nos Açores em 1494.
             Séculos mais tarde, em 1742, os Limões foram utilizados pela marinha britânica para combater o escorbuto, mas apenas em 1928 se obteve a ciência sobre a substância que combatia tal doença, batizado ácido ascórbico ou vitamina C, a qual o limão proporciona em grande quantidade: o sumo do Limão contém aproximadamente 500 miligramas de vitamina C e 50 gramas de ácido cítrico por litro. Atualmente, é uma das frutas mais conhecidas e utilizadas no mundo.

             Popularizou-se no Brasil durante a chamada gripe espanhola (epidemia gripal de 1918), quando atingiu preços elevados, chegando a ser comprada por de dez a vinte mil réis cada unidade.

             O Limão-siciliano tem origem no Sudeste da Ásia, provavelmente no sul da China, ou Índia. Sua história é, por vezes, pouco clara.

             Não era uma fruta comum no mundo antigo grego e romano. Vários fatos indicam que uma fruta cítrica parecida com o Limão era conhecida, mas não se sabe se era o Limão ou a Cidra, uma espécie vizinha e muito semelhante, e não existem evidências paleobotânicas. Os gregos utilizavam o Limão ou a Cidra para proteger as roupas das traças. As primeiras descrições claras do uso da fruta para fins terapêuticos remontam às obras de Teofrasto, aluno de Aristóteles, que é considerado o fundador da fitoterapia. Os helenos utilizavam o cultivo de limoeiros ou de cidreiras perto de oliveiras para preservá-las de ataques de parasitas. O Limão pode ter sido retratado na arte romana: Há representações de frutas cítricas em mosaicos romanos em Cartago e afrescos em Pompeia, que possuem uma semelhança impressionante com Laranjas e Limões. Parece que Nero era um consumidor regular desta fruta, pois assim tentava se prevenir de um possível envenenamento.

             O Limão também foi muito utilizado no Mediterrâneo de maneira ornamental em jardins islâmicos.

             Os egípcios do século XIV conheciam o Limão. Ao longo da costa mediterrânea do Egito, as pessoas bebiam kashkab, uma bebida feita de cevada fermentada, folhas de hortelã, arruda, pimenta preta e limão. A primeira referência do limão no Egito é nas crônicas do poeta e viajante persa Nasir-i-Khusraw, que deixou um relato valioso da vida no Egito sob o mandato do califa fatímida al-Mustansir (1035-1094).

             O comércio de suco de Limão foi bastante considerável em 1104. Sabemos a partir de documentos em Geniza Cairo - registros da comunidade medieval judaica no Cairo a partir do século X até o século XIII - que as garrafas de suco de Limão, qatarmizat, foram feitas com muito açúcar e era consumidas localmente e exportadas.

             No Ocidente, o Limão tornou-se mais difundido no ano 1000, graças aos árabes que o levaram a fruta para a Sicília. A origem do nome vem do persa. Na Europa, havia o cultivo de Limões-reais em Gênova, em meados do século XV. Em 1494, apareceram Limões em Açores, enquanto que, na América, o Limão e outros cítricos foram levados pelos missionários espanhóis após a descoberta de Cristóvão Colombo.

             A fruta também foi introduzida nos países do norte europeu, através de viagens marítimas, pagando-se por eles com bens valiosos ou até mesmo ouro. Os frutos comprados eram revendidos a preços muito elevados nos países do norte: o Limão foi considerado um produto de luxo, sendo usado principalmente como um ornamento e um medicamento.

             Posteriormente, os médicos tornaram-se conscientes de que a ingestão diária de suco de limão evitava surtos de escorbuto entre os marinheiros em longas viagens marítimas. Navios ingleses foram obrigados por lei a carregar bastante suco de Limão para cada marinheiro.

             De 1940 a 1965, a produção aumentou e os Estados Unidos tornaram-se um importante fornecedor de Limões. Mais de 50 por cento da safra de Limão dos Estados Unidos é transformada em suco e produtos. A casca, polpa e sementes são usadas para se fazer óleos, pectina, ou outros produtos.

             O Limão também tem sido é usado externamente para acne, fungos (micose e pé de atleta).

PRINCIPAIS PRODUTORES DE LIMA E LIMÃO - 2009 
(Toneladas).
  • 2.571.530 - ÍNDIA
  • 1.987.450 - MÉXICO
  • 1.014.446 - CHINA
  • 1.000.000 - ARGENTINA
  • 0.972.437 - BRASIL
  • 0.827.350 - ESTADOS UNIDOS
  • 0.783.587 - TURQUIA
  • 0.711.729 - IRÃ
  • 0.551.000 - ESPANHA
  • 0.486.200 - ITÁLIA.

O USO DO LIMÃO

Uma "Cura de Limão"

              O limão produz bom efeito quando tomado em quantidades progressivamente maiores, até certo limite, e, depois, em quantidade progressivamente menor. Começa-se, por exemplo, com 1 limão; 1 no primeiro dia, e 2 no segundo dia, 3 no terceiro dia e, assim por diante, até 10; depois se vai diminuindo a dose pela mesma escala. Assim, em 20 dias, faz-se o que se chama “uma cura de limão”. 


              Pode também começar-se com 2 limões e prosseguir aumentando 2 por dia, até 20; depois diminuir na mesma proporção. Também se faz uma boa cura aumentando a dose de 3 em 3, até 30. A quantidade de limão e a duração da cura devem depender da natureza e gravidade da doença a ser combatida.

              Quando não se trata de um mal crônico, quando é um resfriado, uma gripe, etc., tomam-se, durante dois, três ou quatro dias, segundo o caso, 5 a 10 limões por dia para apressar a cura.

              A melhor maneira de tomar o limão é espremê-lo num copo e tomar o suco por um canudinho. Quem não está acostumado a tomar suco de limão, pode, para torná-lo mais apetecível, diluí-lo em água.

              O uso do limão pode provocar o aparecimento de uma espécie de urticária. Isto, todavia, não significa que o limão esteja prejudicando o enfermo; indica que lhe está purificando o sangue, expulsando as substâncias estranhas.


BEBIDAS COM LIMÃO

Motijo - Limão com Run
Limão com fécula-de-mandioca (Cura disenteria - Diarreia)
Limão com água
Limão com aguardente e gelo
Caipirinha - Limão com cachaça
Limão com Abacate
Limão com Gengibre
Limão com couve e maçã
Limão com Hortelã