BOTÂNICA

PLANTAS MEDICINAIS
  BOTÂNICA


ALGUMAS INSTRUÇÕES


              Não é nosso propósito, aqui, entrar-nos em muitos detalhes da ciência que estuda os vegetais. Estudaremos tão somente algumas classificações necessárias à compreensão das explicações que se seguirão neste blog, a saber, as classificações das plantas, e, bem assim, das respectivas raízes, caules, folhas, flores e frutos,

Classificação

              As plantas, conforme seu porte, é classificado em:
Árvores
Arbustos
Subarbustos
Ervas
Árvore
              Árvore é o vegetal lenhoso, dotado de tronco e ramos na parte superior, medindo pelo menos três metros de altura.
              A Mangueira é um exemplo de Árvore.

Arbusto
              Arbusto é o vegetal lenhoso com menos de três metros de altura, podendo ser ramificado desde a base.
              A Azaleia é um exemplo de arbusto.

Subarbusto
              Subarbusto é o vegetal que ocupa o meio-termo entre o arbusto e a erva, compreendendo meio metro a um metro de altura. 
              O Craveiro é um Exemplo de um subarbusto.

Erva
              Erva é o vegetal de caule tenro, não lenhoso, e que morre logo que frutifica.
              O Funcho (Foeniculum vulgare) é um exemplo de Erva.



Composição

              A planta compõe-se de cinco partes, a saber: 
Raízes
Caules
Folhas
Flores
Frutos
 
              Estas divisões é que nos interessarão especialmente neste livro, pelo que recomendamos ao leitor estudá-las bem.

Raiz

Partes e componentes da Raiz

              A semente, lançada ao solo, recebe a umidade nele existente, e vai-se intumescendo, pouco a pouco, até abrir se, saindo do seu interior um prolongamento que se dirige para cima; e outro que se dirige para baixo.
              O de cima vai formar o caule e outras partes superiores da planta.

              O de baixo vai formar a raiz primária, e esta emite outros prolongamentos que vão formar as raízes secundárias, das quais também partem ramificações obedecendo à mesma disposição, que são as terciárias, e assim sucessivamente.

              Chamam-se, outrossim, as raízes que partem sucessivamente da primária ou principal, raízes secundárias de 1ª ordem, raízes secundárias de 2ª ordem, raízes terciárias de 3ª ordem, etc.

              Todas as raízes que, direta ou indiretamente, derivam da primária, chamam-se também radiculas ou radículas.

Divisões da Raiz

Distinguem-se, na raiz, quatro partes ou zonas:

Coifa,
Zona lisa,
Zona pilífera,
Zona suberosa. 

Quanto à posição que ocupam, classificam-se as raízes em: 

Subterrâneas
              As subterrâneas são as que se desenvolvem no solo. Estas, por sua vez, apresentam variadas espécies, como sejam:
Axiais ou aprumadas
              Quando têm uma raiz principal com ramificações secundárias, como as raízes do feijão, da couve, da salsa, etc.;

Fasciculadas
              Quando carecem de uma raiz principal, e em seu lugar têm um feixe de prolongamentos, em forma de cabeleira;

Tuberosas
              Quando constituídas por tubérculos como as batatas, as dálias, etc.;

Pivotadas
              Quando compreendidas por tubérculos alongados, como a cenoura, o nabo, etc.

              Haja vista que uma raiz pode ser, a um tempo, axial e tuberosa ou Pivotadas, como, por exemplo, no caso da beterraba, dália, etc.

Aéreas - As aéreas podem ser:
Adventícias
              Quando nascem, fora do solo, partindo do tronco, dos ramos ou das folhas; 

Grampiformes
              Quando, mediante suas raízes aéreas, se prendem a outras plantas, a pedras, ou a outros suportes quaisquer.

Aquáticas
              As aquáticas são as raízes das plantas que vegetam na água, como a vitória régia.
Respiratórias
              As respiratórias são as que, crescendo para cima, saem fora do solo, como acontece com certas árvores que vivem em lugares pantanosos.
Sugadoras
              As sugadoras são as raízes das plantas parasitas, que sugam a seiva daquelas à custa das quais vivem.
Caule
              O caule é a parte do vegetal que geralmente se desenvolve fora do solo e que sustenta as folhas, as flores e os frutos.

Partes componentes:

O ponto de separação entre a raiz e o caule chama-se colo.
Os pontos de inserção das folhas chamam-se nós.
Os espaços compreendidos entre os nós são denominados entrenós.

O caule apresenta ramos, folhas e gomos.

Gomos
              Os gomos são os pequeninos botões, que representam folhas em início de formação. Os gomos que aparecem ao longo do caule ou dos ramos, chamam-se gomos axilares ou gomos laterais. Os que aparecem nas extremidades, chamam-se gomos terminais.

Classificação dos caules aéreos, quanto à constituição:

              Os caules aéreos apresentam se sob uma variedade de tipos, que recebem nomes especiais, a saber: 

Haste
              A haste é um caule pouco consistente, pouco resistente, e flexível. Os caules das plantas herbáceas são hastes.

Tronco
              O tronco é um caule mais ou menos cilíndrico, resistente, duro, reto. Os caules das árvores são troncos

Estipe
              O estipe, também chamado estípite ou espique, é um caule mais ou menos cilíndrico, não ramificado, tendo suas folhas reunidas em forma de ramalhete, na extremidade superior. As palmeiras constituem um exemplo.

Colmo
              O colmo é um caule cilíndrico dotado de nós duros em toda a extensão, podendo os entre nós ser ocos (bambu) ou cheios (cana de açúcar, pé de milho, etc.).

Cladódio
              O cladódio é um caule mais ou menos achatado, que apresenta o aspecto de uma folha. 
              O Aspargo é exemplo de um Caule Cladódio.

Classificação dos caules subterrâneos quanta à Constituição:

Há os seguintes tipos:
Rizoma
Tubérculo
Bolbo

Rizoma
              O Rizoma é um caule subterrâneo, semelhante a uma raiz; é geralmente horizontal; emite ramos aéreos formando caules ou folhas.

Tubérculo
              O tubérculo é a própria raiz tuberosa, da qual já falamos.

Bolbo
              O Bolbo, ou Bulbo, é também considerado como um caule subterrâneo. É constituída por um gomo, como a cebola, a palma-de-santa-Rita, etc.

Classificação dos caules, quanto ao comportamento:
São:

Prostrados
              Quando se crescem horizontalmente junto ao solo, (onze - horas, beldroega, etc.).

Rasteiros ou rastejantes
              Quando se emitem raízes que os fixam no solo, (aboboreira).

Volúveis, Trepadores ou sarmentosas
              Quando se, encontrando um suporte, prendem-se-lhe, geralmente por meio de gavinhas, e crescem para cima, (maracujá). Na ausência das gavinhas, prendem-se ao suporte mediante enrolamento.

              Quando este se dá da esquerda para a direita, como no caso do feijão, chama-se dextorso;
              Quando da direita para a esquerda (lúpulo), chama-se sinistorso.


Folha

Partes componentes:
              A folha completa compreende estas três partes: 

Limbo - O limbo é a parte larga da folha.

Pecíolo - O pecíolo é a parte da folha que prende e limbo ao tronco ou aos ramos.

Bainha - A bainha é a parte achatada da folha, que a prende ao caule, envolvendo-o.

Classificação das folhas incompletas:
              As folhas às quais falta uma ou duas destas partes, chamam-se incompletas.

              As que são isentas de pecíolo, tendo o limbo diretamente ligado à bainha que envolve o caule, chamam-se: invaginantes ou amplexicaules. Exemplo: folha do milho.

              As que não têm pecíolo nem bainha, tendo o limbo diretamente implantado no caule, chamam-se sésseis.

              As folhas sésseis ligadas ao mesmo nó, uma de cada lado e soldadas urna a outra pelas bases dos limbos, parecendo ser uma só folha perfurada pelo caule, chamam-se adunadas, coadunadas ou concrescentes.

              As que, em lugar do limbo, têm o pecíolo alargado, chamam-se filódios.

Folhas simples e compostas:
              São simples as folhas que têm um pecíolo não ramificado.

Aquelas, cujo pecíolo é ramificado, chamam-se compostas.
Cada uma das divisões articuladas das folhas compostas chama-se folíolo.

As folhas compostas apresentam-se sob dois tipos:

  • Palmadas - são aquelas cujos folíolos partem de um ponto único, ou seja, da base do pecíolo. As palmadas, também chamadas palmicompostas, ou digitadas,
  • Penadas - As penadas são aquelas nas quais os folíolos ficam dispostos sobre o pecíolo comum, chamado raquis, à semelhança das barbas de uma pena. Chamam-se também pinuladas ou penicompostas, e seus folíolos recebem o nome de pínulas.
  • Imparipenadas - São as folhas penadas, que apresentam um folíolo solitário no ápice,
  • Paripenadas - São as que terminam por dois folíolos.
  • Bipenadas ou duplamente compostas - As folhas penadas, cujos folíolos, por sua vez, também se dividem em pínulas.

Classificação das folhas (filotaxia):
              Segundo a disposição das folhas no caule, as mesmas podem ser classificadas em:
  • Alternas - quando há, em cada nó uma só folha;
  • Opostas - quando há em cada nó, duas folhas;
  • Verticiladas - quando há, em cada nó, três ou mais folhas.
  • Opostas cruzadas - quando os pares de folhas opostas se cruzam na sua disposição no caule,
  • Opostas germinadas - quando as folhas opostas não são diametralmente opostas.
Classificação das folhas segundo sua nervação:
As folhas são percorridas por nervuras destinadas ao transporte da seiva vinda da raiz. De acordo com essas nervuras, classificam-se as folhas em:
  • Uninervadas - quando têm somente a nervura principal.
  • Peninervadas - quando a nervura principal emite ramos oblíquos, as nervuras secundárias, dispostas à semelhança das barbas de uma pena;
  • Retinervadas - quando as nervuras paralelas são retilíneas;
  • Curvinervadas - quando as nervuras paralelas são curvilíneas;
  • Palminervadas - quando, com a nervura principal partem do pecíolo outras nervuras, divergentes, como os dedos de uma ave;
  • Peltinérveas ou peltadas - quando têm o pecíolo inserto no centro ou quase no centro do limbo, e quando as nervuras partem do ápice do pecíolo e se afasta divergentemente sobre o mesmo plano.
Classificação das folhas quanto à forma do limbo:
              No que diz respeito à forma do limbo, as folhas se apresentam sob os seguintes tipos:
  • Oval - quando a folha tem uma forma ovalar e o pecíolo se insere na extremidade mais dilatada;
  • Oboval - quando tem uma forma ovalar, mas, contrariamente ao caso da oval, o pecíolo se insere na extremidade menos dilatada;
  • Oblonga ou Alongada - quando mais alongada que a oval;
  • Cordiforme - quando o limbo é em forma de coração; 
  • Reniforme - quando o limbo se assemelha a um rim; 
  • Lanceolada - quando o limbo se assemelha, na sua forma, à ponta da lança;
  • Ensiforme - quando o limbo tem a forma de espada;
  • Sagitiforme ou Sagitada - quando é parecida com uma seta;
  • Acicular - quando a extremidade livre do limbo é pontiaguda, como a da folha do pinheiro;
  • Perfurada ou Pertusa - quando o limbo é cheio de orifícios;
  • Perfoliada - quando as aurículas estão soldadas, dando a impressão de que o caule atravessa o limbo.
Classificação das folhas quanto à sua pubescência:
  • Pubescentes ou Empubescidas - São as folhas cujas faces são cobertas de penugem,
  • Glabras - São as folhas de faces totalmente lisas,
Classificação das folhas quanto ao seu contorno:
              Segundo as bordas do limbo, as folhas se apresentam sob os seguintes tipos:
  • Inteira - quando as bordas do limbo são lisas, isto é, quando não são recortadas;
  • Denteada - quando as bordas do limbo são assinaladas por pequenos recortes, semelhantes a dentes, que não se inclinam nem para um lado nem para outro;
  • Serreada - quando as bordas do limbo apresentam dentes pontiagudos, como os de uma serra, inclinados para a extremidade livre da folha;
  • Crenada - quando os recortes são em forma de dentes arredondados, com as reentrâncias agudas;
  • Sinuada - se os recortes são arredondados tanto nas saliências como nas reentrâncias;
  • Lobada - quando o limbo é dividido em lobos; 
  • Fendida - quando os recortes ultrapassam um pouco a parte média entre a borda e a nervura principal;
  • Partida - quando o recorte quase atinge a nervura principal.
As três últimas formas ainda podem ser subdivididas assim:
  • Palmatilobada - quando o limbo, simples, é recortado de maneira tal que os lobos se apresentam em forma de palma e os recortes só chegam até a metade da largura do limbo;
  • Palmatífida - quando o limbo, simples, é recortado de tal maneira que os lobos se apresentam em forma de palma e o recorte vão além da metade da largura do limbo;
  • Palmatipartite - quando o limbo, simples, é recortado de tal maneira que os lobos se apresentam em forma de palma e os recortes quase atingem a nervura mediana do limbo;
  • Penatilobada - quando o limbo, simples, é fendido à semelhança de uma pena, mas as fendas só chegam até a metade da largura do limbo;
  • Penatífida - quando o limbo, simples, é fendido à semelhança de uma pena, mas as fendas vão além da metade da largura do limbo;
  • Penatipartite - quando o limbo, simples, é fendido à semelhança de uma pena, mas, as fendas quase atingem a nervura mediana do limbo.
              As classificações apresentadas; cremos serem suficientes para uma pessoa, lendo as explicações que daremos mais adiante, sobre as variedades de plantas, pode identificar os vários tipos de folhas. Há também classificações que apresentam maiores detalhes. Vejamos um exemplo:

              Temos à nossa frente uma folha peltinérvia, fendida. Como haveríamos de classificá-la? Exatamente pelos dois qualificativos mencionados. No entanto, poderíamos simplificar estas designações, reunindo-as sob um só qualificativo; poderíamos chamá-la “folha peltífida”. Mas, como dissemos as noções de classificação consideradas, são bastante.

Folhas transformadas
              Em certas plantas, as folhas apresentam profundas modificações, em virtude da finalidade que devem preencher entre as quais modificações se destacam as seguintes:
Brácteas - são folhas modificadas que se encontram junto à flor ou protegendo uma inflorescência, sendo geralmente menores que as folhas comuns;
Espinhos - são partes agudas ou picante, resultantes da modificação de folhas, ramos, pecíolos ou estípulas;
Gavinhas - são folhas transformadas em órgãos de fixação das plantas sarmentosas ou trepadeiras, com os quais elas se prendem a outras plantas ou a estacas;
Estipulas - são folhas modificadas em pequenas lâminas que se encontram na base do pecíolo das folhas propriamente ditas;
Filódios - são pecíolos alargados, tomando a aparência de uma folha.
Ascídias - são folhas ou brácteas transformadas em urnas, de que se servem as plantas carnívoras a fim de reter os insetos para fins nutritivos.

IV
Flor

              A flor é o órgão de reprodução das plantas fanerogâmicas.

Partes componentes:
              Em geral, as flores são sustentadas por uma pequena haste, chamada pedúnculo
              As flores providas dessa hastezinha chamam-se pedunculadas; as que não têm pedúnculo chamam-se apedunculadas ou sésseis.

              A extremidade do pedúnculo, que fica ligada à flor, chama-se receptáculo floral.

A flor, sustentada pelo receptáculo floral, é um conjunto de folhas modificadas, dispostas em círculos concêntricos, chamados verticilos florais.

              Os verticilos florais apresentam-se na flor completa, sob quatro espécies, que, de fora para dentro, levam os seguintes nomes:

  • Cálice - formado por sépalas;
              Em geral, as sépalas, folhas modificadas que constituem o primeiro verticilo, o cálice, são verdes. 
  • Petalóide - quando as sépalas têm as mesmas cores das pétalas,
  • gamossépalo ou monossépalo - quando as sépalas são soldadas umas às outras, constituindo uma só peça,
  • Dialissépalo - quando as sépalas são independentes umas das outras.
  • Corola - formado por pétalas; Como acontecem com o cálice, as pétalas, folhas modificadas que formam o segundo verticilo, também podem ser soldadas ou independentes. 
              No primeiro caso, a corola pode ser gamopétala, ou monopétala, e no segundo caso dialipétala.

              As corolas gamopétalas regulares apresentam várias modalidades, sendo classificadas como segue:
  • Afuniladas - quando têm a forma de um funil;
  • Campanuladas - quando têm a forma de uma campânula;
  • Rotadas - quando as pétalas, soldadas na base, assumem uma disposição semelhante aos raios de uma roda
  • Tubulosas - quando têm a forma de um tubo;
  • Urceoladas - quando têm a forma de um odre.
              Geralmente as pétalas são de outra cor que não verde. Quando, porém, é verde, a corola é chamada sepalóide.

  • Androceu - formado por estames;
              O terceiro verticilo é o androceu, formado por peças florais chamadas estames. É o órgão reprodutor masculino.
              O estame é composto das partes seguintes:

  • Filete - hastezinha que sustenta a antera;
  • Antera - porção terminal, dilatada, do estame, onde estão os sacos polínicos;
  • Conectivo - membrana que liga os dois sacos polínicos da antera.
              Dentro das lojas polínicas estão os grãos de pólen, pequenos corpúsculos que representam as células reprodutoras masculinas.

              Os estames podem estar soldados uns aos outros, caso em que o androceu é gamostêmone; ou podem ser independentes uns dos outros, caso em que o androceu é dialistêmone.

Gineceu - formado por carpelos.
              É o órgão reprodutor feminino. Ultimo verticilo. Suas peças componentes são os carpelos, também chamados pistilos

              No carpelo se distinguem as seguintes partes:
  • Ovário - porção dilatada, situada na base do carpelo;
  • Estilete - hastezinha vertical, entre o ovário e o estigma;
  • Estigma - extremidade superior do estilete, dilatada e viscosa, sobre a qual caem os grãos de pólen para o fenômeno da fecundação da flor, e de onde o pólen é carregado, através do estilete, para o ovário.
              Estando soldados entre si os pistilos, o gineceu é gamocarpelado; sendo independentes, é dialicarpelado.

              O ovário apresenta cavidades chamadas lóculos
              Tendo um só lóculo, o ovário é unilocular; tendo mais de um lóculo, é plurilocular.

              No interior do ovário acham-se os óvulos, corpúsculos reprodutores femininos, que se prendem à planceta por meio de um filamento chamado funículo.

              No óvulo nota-se um orifício, chamado microfila, e um ou dois tegumentos, dos quais o primeiro, o externo, chama-se primina, e o segundo, o interno, secundina
              Essas membranas envolvem uma massa chamada nucela, no interior da qual se encontra o saco embrionário, que encerra seis células, uma das qual a célula reprodutora feminina, recebe o nome de gameta feminino ou oosfera.

              A fecundação dá-se pela união do gameta feminino com o gameta masculino.

              Há também flores incompletas, às quais falta um ou outro desses conjuntos de peças florais.

              Outras formações folheares, apresentadas pela flor, são as brácteas, folhas modificadas, bem menores que as folhas comuns, e que se encontram junto à flor ou protegendo uma inflorescência. 

              As flores destituídas de androceu e gineceu são denominadas estéreis.

              As flores que têm ambas as partes chamam-se hermafroditas.

              As flores que têm uma dessas partes, mas não têm a outra, chamam-se unissexuadas.

              As plantas que têm flores unissexuadas podem tê-las, no mesmo pé, de um só sexo ou de ambos os sexos (como é o caso do milho), sendo, no primeiro caso, dióicas, e no segundo caso, monóica

Classificação das inflorescências:
              Conforme as maneiras como as flores se dispõem nas plantas, são os conjuntos florais chamados por um ou outro nome. Assim, temos vários tipos de inflorescências.

              Tendo cada pedúnculo uma flor somente, a inflorescência chama-se isolada ou solitária.
              A mesma inflorescência pode ainda ser chamada: 

  • Terminal - quando a flor se acha na parte terminal do ramo (rosa). 
  • Papoula ou axilar - quando a flor se acha na axila de uma folha (violeta).
              Ramificando-se o pedúnculo, ou apresentando ele um conjunto de flores, a inflorescência chama-se agrupada (Exemplo de girassol).

As inflorescências agrupadas compreendem vários tipos:
  • Cacho - quando as flores, pedunculadas, se dispõe em roda de um pedúnculo comum, chamado ráquis;
  • Capítulo, Calátide ou Antódio - quando as flores, sésseis, sustentadas por um pedúnculo comum, dão a aparência de uma só flor; 
  • Cimeira ou Cima - quando os pedúnculos, nascidos de um mesmo ponto da haste, se ramificam irregularmente (Pendão de milho, cana).
  • Corimbo - quando as flores, saindo de pontos diversos da mesma haste, se eleva à mesma altura;
  • Espiga - quando as flores são sésseis e estão dispostas à volta e ao longo do ráquis;
  • Panícula - quando as flores são dispostas de tal maneira em torno do ráquis, que a inflorescência toma a forma cônica;
  • Racemo ou Racimo - quando as flores são pedunculadas e estão dispostas ao longo do eixo central indiviso;
  • Umbela - quando as flores são pedunculadas e os pedúnculos partem todos do mesmo ponto, a saber, da extremidade do ráquis, de sorte que sua disposição lembra a das varetas de um guarda-chuva, e terminam formando, com as flores, uma copa, uma superfície convexa, à semelhança de um guarda-chuva.
V
Fruto

              O fruto é o próprio ovário desenvolvido. 

Partes e componentes do Fruto:
              O fruto compreende duas partes: Pericarpo e a Semente

              O primeiro provém das paredes do ovário, desenvolvidas; o segundo, da célula ovo, que é como já vimos à reunião dos dois gametas, masculino e feminino.

No pericarpo distinguem-se três partes: 
Epicarpo - revestimento externo; 
Mesocarpo - porção média ou central; 
Endocarpo - membrana interior que está em contacto com a semente.

  • Sarcocarpo - quando o mesocarpo é carnoso e suculento, Esses frutos dotados de sarcocarpo são chamados frutos carnosos (Exemplo do abacate).
  • Os que têm o mesocarpo seco são denominados frutos secos
Classificação dos frutos segundo a sua constituição:
  • Muitos frutos, quando maduros, abrem-se por si mesmos, libertando as sementes. Chamam-se frutos deiscentes.
  • Os que não se abrem espontaneamente na época da maturação, chamam-se frutos indeiscentes.
Os deiscentes apresentam as seguintes espécies:
  • Vagem ou legume - quando se biparte longitudinalmente (feijão, ervilha);
  • Folículo - quando se abre por uma só sutura longitudinal;
  • Cápsula - quando se origina de um ovário constituído por diversos carpelos soldados, abrindo-se por mais de duas fendas; (Mamona).
  • Pixídio - quando se abre por uma fenda transversal (uniloculares: jequitibá, sapucaia).
Entre os indeiscentes encontram-se os seguintes:
  • Aquênio - fruto são, com uma única semente, de pericarpo distinto do tegumento da semente (castanha do caju);
  • Cariopse - uma única semente soldada às paredes do fruto (gramíneas: arroz, milho, etc.).
  • Sâmara - pericarpo dotado de uma ou mais asas ou dobras membranosas;
  • Baga - mesocarpo e endocarpo carnosos (uva, laranja, goiaba, melancia, tomate, chuchu, etc.).
  • Drupa - fruto carnoso, de um só caroço lenhoso, cujo tegumento se confunde com as camadas internas do mesocarpo (pêssego).
  • Noz - fruto seco, com uma só semente, e com o mesocarpo coriáceo.
              Os frutos até agora considerados são simples.
              Há também os frutos múltiplos, provenientes de ovários pluricarpelares cujos carpelos evoluem separadamente um do outro, após a fecundação. É uma flor transformada em fruto
Exemplo: o morango.

              Ás vezes é um conjunto de flores, uma inflorescência, que se transforma numa infrutescência ou fruto composto
Exemplos: A amora, o abacaxi, o figo, a jaca, a pinha, etc.

A semente
              A semente é o óvulo fecundado e desenvolvido.

Duas são suas partes constituintes:

  • Epispermo. 
  • Amêndoa.
Epispermo
Geralmente há dois Epispermo em cada semente. 
São os tegumentos ou membranas que lhe servem de invólucro
A externa chama-se testa
E a interna chama-se tegmen.

Amêndoa 
É a porção interna, a parte envolvida pelos tegumentos.

Joe Nature

Nenhum comentário:

Postar um comentário